A impossibilidade de indexação do escopo em uma única variável, por exemplo: metros quadrados
Diferente, por exemplo, de uma padaria que produz sempre o mesmo produto e tem sempre a mesma fórmula para produzi-lo, ela pode colocar todos os dias o mesmo valor no pão, pois ela sabe exatamente quanto de insumo ela vai gastar e quantas horas de padeiro serão necessárias para assar aquele pão. Se alguns dos insumos sofrem uma variação sensível, diretamente o valor do produto final pode ser reajustado.
Um projeto de engenharia e/ou arquitetura nunca será tão padronizado como um produto industrializado, ou um pão em uma padaria. Por mais que hajam esforços no sentido de padronizar escopo e qualidade de projetos.
Em noventa por cento das vezes que um cliente interessado entrar em contato com uma empresa de projetos de engenharia e arquitetura para saber o valor de um determinado projeto, se a empresa for séria, ela irá responder: depende!
Depende de onde é, de quais são as condições de implantação de seu empreendimento, de quais são as suas expectativas, de quais são as particularidades do que se quer contratar, de como será executada a obra e, principalmente, do escopo que deverá ser desenvolvido. Será necessário somente um Anteprojeto? Anteprojeto e Projeto Legal? Será necessário o executivo? Ou ainda, todas estas etapas mais os projetos complementares de engenharia? (estrutural, elétrico, hidrossanitário, ar condicionado, lógica, cabeamento estruturado, prevenção e combate a incêndio e pânico, SPDA, etc.).
Outro fator a ser levado em conta é o fato de o valor de referência ser decrescente. Para fazer uma pequena obra de 100m², pode ser cobrado, por exemplo, R$100,00/m², o que resulta em um projeto de R$10.000,00. Para um projeto de 10.000m², já não cabe cobrar R$100/m². Este valor cai expressivamente, podendo checar a um décimo do valor inicial, ou seja, R$10,00/m². Em resumo, muitas vezes, para um projeto de 10.000m² o valor por metro quadrado pode ser 1/10 do inicial, de forma que o projeto poderá custar R$100.000,00 e não R$1.000.000,00.
Por que isso? Porque por menor que seja um projeto ele exigirá uma mobilização mínima de equipe. O prazo e a demanda de tempo para projetos pequenos não é necessariamente muito menor que em projetos de grande porte. A conceituação de um projeto de 100m² não demandará um centésimo do tempo da conceituação de um projeto de 10.000m². Estes pontos são muito importantes para a composição de custo.
A essência do orçamento do projeto de arquitetura e engenharia é a resposta para a seguinte pergunta: quantas horas de trabalho serão necessárias?
Dessa forma a empresa consegue formatar a sua proposta alinhada à demanda exata do contratante. Assim tentamos garantir que não seja vendido nem horas a mais, nem horas a menos. Horas a mais, significam um maior custo para o cliente. Horas estimadas a menos que as horas efetivamente gastas significam um prejuízo para a empresa.
A proposta comercial deve ser muito equilibrada, para que não haja desequilíbrio nem para um lado nem para o outro. Falando de empresas “não sérias” elas podem te informar e fornecer um valor de “tabela”. Esteja certo que, muito provavelmente, ela, ou estará te cobrando mais, ou te entregando menos. Ainda, a empresa pode estar levando prejuízo, e, por final, pode não lhe entregar um produto com a qualidade esperada.
Uma contratação equivocada poderá resultar em um produto de prateleira, uma solução pronta que o fornecedor entrega sem adequá-lo às especificidades de sua necessidade. Muitas vezes esta solução não será a mais adequada para o seu empreendimento.
É importante saber que um projeto não é um gasto. É um investimento.
Um determinado investidor pode gastar na edificação de sua casa R$500.000,00 e ele edifica ali um projeto de má qualidade. Não há um bom layout, há desperdício de espaço, não há boa imagem, não há uma composição de fachada agradável, não há linhas de boa arquitetura e boa proporção, o fluxo interno não funciona, não há conforto ambiental, e, por fim, os usuários não se sentem bem lá.
Por outro lado, o empreendedor pode contratar um bom projeto que pode, inclusive, baratear sua obra. Por exemplo, contrata-se para uma casa, com mesma área, um projeto de R$20.000,00 e gasta-se para a sua edificação R$480.000,00, totalizando os mesmos R$500.000,00.
Obra pronta. Passados alguns anos o investidor precisa se mudar de estado e coloca seu produto (a casa) a venda no mercado. Quando ele vai vender, no projeto com má arquitetura, ele talvez consiga uma venda por R$750.000,00. No caso do empreendimento com um bom projeto, com arquitetura refinada, ele pode alcançar um valor de venda de R$850.000,00. Sem contar que, ao longo dos anos em que ele viveu neste imóvel, ele deixou de usufruir da praticidade, de um bom layout, de um bom fluxo, da beleza de uma obra bem planejada, e do conforto ambiental dentro do imóvel.
Valor ≠ Preço
Então, é importante entender e ter a percepção de como é construído o valor (e não preço) do projeto de arquitetura e engenharia. Os arquitetos e engenheiros não vendem papel, não vendem ideias, insights, brilhantismo, genialidade, etc. O que nós vendemos?
– Horas de trabalho.
Conhecido no mercado como “Homem-hora”. Passando inclusive pelas horas do staff administrativo, de controle financeiro, equipe de campo, equipe de escritório, back-office, etc.
Muitas vezes recebemos uma demanda: veja, temos um lote em uma determinada localização e gostaríamos que vocês dessem uma “passadinha” aqui para “dar uma olhada”. Mas infelizmente, no cenário atual de nossas cidades, e com o transito de nossas grandes metrópoles, o deslocamento para qualquer local na cidade significa uma hora para ir e uma hora para voltar, mais duas horas presenciais junto com o interessado para entender sua real necessidade, já são 4 horas. Estamos falando de meio expediente útil, não remunerado.
Fica cada vez mais difícil para os profissionais saírem da empresa para elaborarem um orçamento. Em contrapartida, hoje, com o auxílio das tecnologias digitais disponíveis, é muito ágil para uma empresa de engenharia e arquitetura, elaborar propostas a partir de fotos enviadas pelo smartphone, pelo whatsapp, por e-mail, onde podemos entender o que o cliente precisa e, se for o caso, fazer uma visita virtual através de fotos, vídeos e mesmo utilizando as fotografias aéreas do Google Maps e imagens do Google Street View. Assim podemos levantar muitas informações importantes para entendermos a complexidade daquele projeto e em seguida elaborarmos a proposta real e adequada à necessidade do contratante.
Não se convenceu? Quer uma tabela com a base de honorários profissionais? Utilize a tabela oficial do Conselho de Arquitetura e Urbanismo | CAU-BR. A tabela é aberta à consulta de todos, sem custo. Basta preenche-la com as áreas do empreendimento, a tipologia, algumas características e definir quais disciplinas serão necessária ser contratadas.
Conte conosco!
Fica aqui nosso convite para que você não se acanhe, e envie para nós sua solicitação de proposta! Em geral, nosso atendimento de proposta não tarda mais que 24 horas.
Cordialmente,
Renato Melo | Sócio-Diretor – Departamento de Projetos
Renato Melo | Arquitetura
Rua Marquês de Paranaguá, Nº 95 – Santo Antônio
30350-080 – Belo Horizonte – MG – Brasil
T +55 31 2511 8920 | F +55 31 2511 8920 | C +55 31 98696 8877
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